domingo, 1 de junho de 2008

O parto cesariano pode ser um fator de risco independente para o acidente vascular encefálico

Autora: Laurie Barclay

Publicado em 28/04/2008

Um estudo de extensão nacional, baseado em população, realizado em
Taiwan e publicado no volume de abril do American Journal of
Obstetrics & Gynecology sugere que o parto cesariano é um fator de
risco independente para o acidente vascular encefálico (AVE).

O parto cesariano tem sido associado com um aumento significante de
mortes maternas devido a paradas cardiorrespiratórias, complicações
por anestesia, infecção puerperal e tromboembolismo venoso. Dr.
Shiyng-Yu Lin, da Taipei Medical University em Taipei, Taiwan,
República da China, declara que o acidente vascular encefálico foi
selecionado como causa de morbidade e mortalidade materna durante a
gestação e o puerpério. Na verdade, argumenta ele, poucos trabalhos
levantaram dados em larga escala populacional avaliando os riscos de
acidente vascular cerebral no pós-parto de dois tipos diferentes de
parto (vaginal versus cesariano).

O objetivo deste estudo foi avaliar o risco do acidente vascular
encefálico no pós-parto em 3, 6, ou 12 meses após os dois tipos de
parto, usando um banco de dados populacional da base de dados do
Taiwan National Health Insurance Research de 1998 até 2003. As
regressões de risco proporcionais de Cox permitiram o cálculo dos
índices de sobrevivência livre de AVE para partos cesarianos versus
vaginais em 987.010 mulheres entre 1998 e 2002.

Em comparação com pacientes que foram submetidas ao parto vaginal, o
hazard ratio (HR) para AVE pós-parto entre mães que foram submetidas a =

cesarianas foi 1,67 vezes maior dentro de um período três meses após =
o parto (intervalo de confiança de 95% [IC], 1,29 ? 2,16); 1,61 vezes
maior em seis meses após o parto (IC de 95%, 1,31 ? 1,98) e 1,49 vezes
maior dentro de 12 meses após o parto (IC de 95%, 1,27 ? 1,76).

Nossos dados indicam que o parto cesariano é um fator de risco
independente para o acidente vascular encefálico?, relata o autor. As
limitações deste estudo incluem falta de dados clínicos, tais como
tabagismo, consumo de álcool, valores de índice de massa corporal e
diagnósticos de acidente vascular encefálico totalmente baseados em
declarações.

Com base nesses resultados, uma redução nos índices de parto
cesariano deve ser benéfica para a prevenção do AVE, enquanto o parto=

vaginal deve ser estimulado?, concluem os autores.

Am J Obstet Gynecol. 2008;198:391.e1-397.e7.
Informação sobre a autora: A Dra. Laurie Barclay é revisora e
escritora freelancer para o Medscape. Declaração de conflito de
interesses: A autora declara não possuir conflito de interesses.

1 Comentários:

Às 4 de junho de 2008 às 14:14 , Anonymous Anônimo disse...

Achei muito interessante esta matéria.

 

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