quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Partos naturais tornam mães mais receptivas ao choro dos bebês

Partos naturais tornam mães mais receptivas ao choro dos bebês

Da EFE

Redação Central, 3 set (EFE) - As mães que dão à luz por meio de parto natural são mais receptivas aos choros do bebê do que as que se submetem a uma cesariana, afirma um estudo feito pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores do Child Study Centre de Yale chegaram a essa conclusão através de ressonâncias magnéticas do cérebro feitas nas mães entre dois e quatro semanas depois do parto.

Os resultados do estudo, publicado hoje no "The Journal of Child Psychology and Psychiatry", indicam que diante do choro do bebê, as mulheres que tiveram parto normal registraram maior atividade em regiões do cérebro nas quais, acredita-se, seriam reguladas as emoções, a motivação e o comportamento.

A capacidade de desenvolver condutas e atitudes necessárias para que os pais cuidem adequadamente dos recém-nascidos está relacionada a uma série de circuitos cerebrais e hormonais, afirma o estudo.

Em um parto normal, as contrações do útero e a estimulação vagino-cervical fazem com que seja excretada oxitocina pela glândula pituitária posterior. O hormônio é considerado chave para a conduta maternal dos animais.

Ao analisar as zonas do cérebro afetadas pelas condições do parto, os pesquisadores também detectaram uma relação entre a atividade cerebral e o estado de ânimo das mães, o que poderia contribuir para regular as depressões pós-parto.

Segundo James Swain, autor principal do estudo, a pesquisa pode ajudar a compreender melhor a neurofisiologia e a psicologia da relação entre mães e filhos em momentos nos quais as mulheres esperam cada vez mais para engravidar, o que aumenta suas possibilidades de ter de se submeter a uma cesariana.

A prática desta operação, considerada necessária em muitos casos para garantir a saúde ou a sobrevivência da criança ou da mãe, e à qual se relaciona a depressão pós-parto, aumentou de forma significativa nas últimas décadas nos países ocidentais.

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL747136-5602,00.html

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