sábado, 22 de novembro de 2008

Mãe-canguru é alternativa à incubadora

Mãe-canguru é alternativa à incubadora

Método em que o recém-nascido fica junto ao corpo da mãe, o tempo todo, é melhor para a evolução de bebês prematuros

Agência USP

A incubadora pode não ser sempre a melhor escolha para tratar bebês de baixo peso. Uma forma de tratamento alternativa é o método mãe-canguru, em que o recém-nascido fica junto da mãe o tempo todo preso com uma faixa ao corpo dela (daí o nome do método).

Na tese de doutorado da Faculdade de Medicina da USP, Modelos de assistência neonatal: comparação entre o método mãe-canguru e o método tradicional, a médica Maria Haydée Augusto Brito fez uma comparação entre as duas formas de assistência e chegou à conclusão de que o método canguru possibilita uma melhor evolução para os prematuros, apesar de o método tradicional (com uso de incubadora) ter um papel muito importante no tratamento inicial desses bebês. Ela analisou os dois modelos sob os seguintes aspectos: crescimento e desenvolvimento do bebê, forma de aleitamento e vinculação afetiva da mãe com a criança.

O estudo contou com a participação de 70 mães e seus bebês e foi realizado num hospital público terciário do Estado do Ceará. Os critérios para escolha dos casos a serem analisados na pesquisa foram: o bebê pesar menos de 1.500 gramas (g) ao nascer e alcançar estabilidade clínica no primeiro mês de vida, além da concordância da mãe em participar do estudo. Para os grupos poderem ser comparados, eles deveriam ter características semelhantes. "Um bebê que atinge esses critérios em 30 dias é diferente de um que os atinge em 40", explica a pesquisadora.

Passada a seleção e concordância das mães em participar do estudo, Haydée chegou à fase de entrevistas com as mães. As questões abordavam a gravidez, o parto, o tipo de reanimação a que o bebê tinha sido submetido, entre outras. Ela também fazia perguntas sobre os sentimentos das mães em relação aos filhos e à situação pela qual passavam. Para não condicionar respostas, a médica iniciou as entrevistas com a mesma pergunta aos dois grupos de mães: "Como está sendo para você cuidar do seu bebê?". A elaboração das perguntas seguintes partia das respostas dadas pelas mães, evidenciando a experiência singular de cada uma.

Mães inseguras
Nessa primeira fase do estudo, Haydée detectou nos dois grupos um sentimento de necessidade. "Na minha compreensão, a mãe de um bebê prematuro é tão paciente quanto o próprio bebê." A pesquisadora entende que as mães de bebês prematuros se sentem inseguras, pois os médicos e enfermeiros sabem mais sobre seu recém-nascido do que elas mesmas.

Quanto ao crescimento, a médica verificou, em dados quantitativos, que os bebês submetidos ao método tradicional ganharam, por dia, em média, 19g; e os do método mãe-canguru ganharam 15g. "Ganhar mais peso não significa necessariamente ter evolução melhor." Segundo Haydée, esses dados sozinhos não significam que o método tradicional seja melhor.

Ao avaliar os dados qualitativos ela pôde verificar isso. As crianças do método canguru se alimentavam, em média, com 75% de leite materno e 25% de leite de fórmula. Os bebês de incubadora se alimentavam, em média, com 75% de leite de fórmula e 25% materno. "As evidências científicas recomendam o leite materno mesmo que o bebê não ganhe tanto peso quanto ganharia se alimentado com fórmulas lácteas", diz Haydée. Ela revisou estudos já publicados sobre o assunto, que avaliavam que o bebê alimentado com o leite da mãe tem melhor desenvolvimento de longo prazo.

Ainda em relação ao aleitamento materno, os dados coletados pela pesquisadora mostraram que o bebê prematuro assistido pelo método canguru tinha chance 37 vezes maior que aqueles assistidos pelo método tradicional de estar mamando no peito no momento da alta hospitalar.

Antes de os recém-nascidos terem alta, Haydée fez uma última entrevista com as mães, nos moldes da primeira. Ela avaliou que "na saída, as mães integrantes do grupo do método canguru apresentaram uma avaliação de superação das dificuldades trazidas pela condição de nascimento do bebê, enquanto as do método tradicional apresentaram, ainda, uma situação de necessidade."

Haydée ressalta que "a assistência neonatal deve favorecer a presença materna, deve preocupar-se com o equilíbrio mental do bebê, com sua adaptação psicossocial e não só com sua saúde orgânica". Outro aspecto importante que a médica enfatiza é que, muitas vezes, as pesquisas na área da medicina restringem-se aos dados quantitativos, mas que deveriam também levar em conta aspectos qualitativos, pois "a ciência médica não é como as outras Ciências Naturais. Tratá-la dessa forma leva-a a uma simplificação inadequada a seu objeto de estudo que é complexo, pois, afinal, a medicina estuda o ser humano."

A tese de doutorado foi orientada por Sandra Ellero Grisi, professora da Faculdade de Medicina da USP.

http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_8/2008/11/17/em_noticia_interna,id_sessao=8&id_noticia=88336/em_noticia_interna.shtml

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

EVENTO

Tema: Apoio ao aleitamento materno e à alimentação complementar apropriada nas instituições de saúde
Data: 08 de dezembro de 2008
Horário: 8:30 às 13:00 horas
Local: auditório do Instituto de Saúde, Rua Santo Antonio 590, Bela Vista, São Paulo, SP

É com muita alegria que o grupo de aleitamento materno do Instituto de Saúde retoma sua série de seminários “Amamentando às Segundas”. Neste, o primeiro de uma seqüência a ser desenvolvida em 2009, serão apresentados os novos cursos propostos pela Organização Mundial da Saúde e Fundo das Nações Unidas para a Infância para apoiar a alimentação saudável na infância.

Serão apresentados os cursos voltados para o fortalecimento da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (atualizados e relançados em 2006) e o Aconselhamento em Alimentação de Lactentes e Crianças de Primeira Infância: um Curso Integrado (lançado em 2006).

O seminário é destinado a equipes que atendem mães e crianças pequenas em hospitais ou em unidades básicas de saúde e gestores regionais, municipais e de serviços de saúde.

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÃO: http://www.isaude.sp.gov.br/?cid=1446

domingo, 9 de novembro de 2008

Gravidez precoce aumenta na AL

Gravidez precoce aumenta na AL
(1/11/2008)

Fonte: Estado de São Paulo

Uma em cada quatro adolescentes engravida antes de 20 anos de idade

Lisandra Paraguassú
Uma em cada quatro jovens da América Latina é mãe antes de completar 20 anos. Os dados, apresentados ontem em um estudo da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), mostram que a região não apenas tem o segundo maior índice de gravidez na adolescência no mundo, mas também que esse índice vem subindo. A taxa de mães jovens na região chega a ser mais de 40% maior do que entre as mulheres em geral, alcançando 76,2 por mil.

O documento, chamado Juventude e Coesão Social na América Latina, aponta para um cenário ainda difícil: apesar do melhor acesso à educação e ao emprego, a educação sem qualidade, a pobreza e a violência mantêm as desigualdades sociais. De acordo com a Cepal, o número de grávidas adolescentes na América Latina caiu até o final da década de 80. Desde então, voltou a crescer.

No Brasil, mostra o estudo, 14,8% das jovens até 19 anos tinham filhos em 2000. Dez anos antes, eram 11,5%. Enquanto na porção mais rica da população a taxa de fertilidade se manteve estável em torno de 20 adolescentes grávidas por mil, na parcela mais pobre subiu de 120 por mil para 155 por mil.

De acordo com a Cepal, a precocidade do início da vida sexual não é uma explicação convincente para o alto número de jovens grávidas. Uma comparação é feita com a Espanha, onde a idade inicial das relações também caiu para em torno dos 15 anos, mas onde apenas 5% das adolescentes ficam grávidas.

“Os programas de saúde sexual e reprodutiva se baseiam em sistematicidade, autonomia e maturidade que não acontecem no caso das adolescentes”, diz o relatório. “A ausência de programas preventivos com atenção especializada e princípios de confidencialidade mantém as adolescentes afastadas.”

A educação também é alvo de críticas da Cepal. O relatório lembra que a educação é ruim e a acusa de manter as desigualdades, especialmente no caso do ensino médio. “A falta de pertinência e relevância dos currículos, além da escassez de conhecimentos importantes para o exercício da cidadania, afetam em particular os jovens, para quem a educação é a única ferramenta que permite ascender a um emprego digno”, diz o estudo.

Cesáreas sobem de 27,7% para 45,2% em 22 anos

Cesáreas sobem de 27,7% para 45,2% em 22 anos

Estudo acompanhou mais de 15 mil nascimentos entre 1982 e 2004 e registrou também aumento do número de bebês prematuros, que foi de 6,3% para 14,7%

O índice de cesarianas é bem maior entre as mulheres atendidas nos hospitais privados (82,4%) do que no serviço público (34,1%)

Caio Guatelli/Folha Imagem

Recém-nascidos no berçário da maternidade Pro-Matre, em São Paulo; partos normais oferecem menos riscos à mãe e ao bebê

FLÁVIA MANTOVANI DA REPORTAGEM LOCAL

Em pouco mais de duas décadas, passou de 27,7% para 45,2% o índice de cesarianas. E o número de partos induzidos (apressados com remédios) subiu de 2,5% para 11,1%. Os resultados são de uma pesquisa brasileira que acompanhou mais de 15 mil nascimentos entre 1982 e 2004.

Trata-se de um dos maiores estudos epidemiológicos do país, que acompanhou, em 1982, em 1993 e em 2004, todos os nascimentos da zona urbana de Pelotas (RS). Foram 4.287 bebês em 2004. As crianças continuam sendo estudadas ao longo da vida. Esse e outros dados sobre saúde materno-infantil coletados na pesquisa foram publicados numa edição especial dos "Cadernos de Saúde Pública", da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Para Aluísio Barros, professor do departamento de medicina social da Universidade Federal de Pelotas e um dos coordenadores da coorte (grupo de nascimentos acompanhado) de 2004, o aumento nas cesarianas é preocupante porque tem a ver com uma maior opção pelo método por parte dos médicos ou das mães, muitas vezes desnecessariamente. "Escolhe-se a cesárea porque é mais prática, dá para marcar dia e hora, escolher o signo da criança. O obstetra consegue se programar. E há quem perceba a cesárea como algo mais seguro por envolver tecnologia, o que é falso. Sabe-se que [o aumento no número de cesáreas] acontece no país inteiro, e vem aumentando ano a ano", diz. O índice é bem maior no serviço privado (82,4%) do que no público (34,1%).

Ele afirma que, apesar de o estudo ser feito só em Pelotas, os dados podem ser extrapolados para outros lugares do Brasil. "Pelos indicadores do censo, Pelotas se comporta de uma maneira muito parecida com a média nacional. As tendências que se observam aqui se refletem no país."

Segundo Marcos Ymayo, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Marcelina, há indicações médicas para a cesárea, como quando o bebê está sentado ou não passa pela estrutura óssea da mulher. Mas ele diz que o procedimento não deve ser banalizado, pois aumenta o risco, por exemplo, de hemorragia, infecção e de complicações no
pós-operatório em relação ao parto normal.

Ele conta que um demógrafo americano que pesquisou o fenômeno em capitais brasileiras mostrou que as mulheres acabam optando pela cesárea porque são culturalmente induzidas. "A vizinha, a irmã, a atriz famosa fazem. Os hospitais têm hotelaria voltada para cesárea, os médicos optam por uma questão de comodidade da agenda. Há a famosa síndrome da "cesárea do fim de semana", quando o médico marca as cesarianas para quinta para ficar livre no sábado e no domingo", diz.

Ymayo lembra ainda que é mais vantajoso financeiramente para o médico fazer cesarianas, o que leva muitos a optarem pela cirurgia.

Prematuridade
Outro dado encontrado pelos pesquisadores -o aumento no número de crianças prematuras, de 6,3% em 1982 para 14,7% em 2004- pode ter uma relação com o maior índice de cesáreas e partos induzidos.

Ao realizarem cesarianas antes de a mulher entrar em trabalho de parto, muitas vezes os médicos acabam tirando o bebê antes de ele completar 37 semanas, limite até o qual ele é considerado prematuro.

"Não é só culpa da cesárea, mas é uma hipótese. Muitas vezes o obstetra estima a idade gestacional pelo ultra-som, mas o exame tem um índice de erro relativamente grande, e a criança pode nascer antes", diz Barros.

Ele diz que nota uma medicalização geral do parto, que pode ajudar a explicar o aumento.

"Nossa sensação é que o obstetra confia muito na UTI neonatal cheia de tecnologia e, se a criança tem qualquer problema, prefere interromper a gravidez e fazê-la nascer a monitorá-la dentro da barriga", afirma. (Colaborou RACHEL BOTELHO, da Reportagem Local)

sábado, 1 de novembro de 2008

MASTITE em nutrizes: novas recomendações

MASTITE em nutrizes: novas recomendações

Foram publicadas as novas recomendações para o tratamento da mastite em nutrizes

Autora: Laurie Barclay

As recomendações para o diagnóstico e o tratamento da mastite de mulheres nutrizes foram revisadas e publicadas no número de 15 de setembro do American Family Physician.

A Dra. Jeanne P. Spencer do Conemaugh Memorial Medical Center de Johnstown, Pensilvânia, declarou que ?embora esta infecção possa ocorrer espontaneamente ou durante a lactação, a discussão sobre a mastite, definida clinicamente como a presença de inflamação dolorosa e localizada nas mamas associada a sintomas sistêmicos de infecção (febre e mal-estar, por exemplo), fica limitada às que ocorrem nas nutrizes. Este tema é problemático, especialmente porque pode levar ao desmame, prejudicando a nutrição ideal do lactente. (...) Os médicos de família devem ter mais conhecimento para ajudar esta mãe a superar as dificuldades da amamentação (como a mastite) e, com isso, aumentar o tempo de amamentação?.

Dentre os objetivos da estratégia Healthy People 2010 estão a meta de 75% das mães iniciando a amamentação, 50% e 25% continuando a amamentar aos 6 e 12 meses, respectivamente. Contudo, no ano de 2005, boa parte dos estados não consegue alcançar essas metas. A mastite, que ocorre em aproximadamente 10% das mães norte-americanas, pode ser a causadora deste desmame.

Geralmente, a mastite é diagnosticada clinicamente a partir da presença de sinais característicos, como uma área localizada e dolorida em um seio em associação aos sinais sistêmicos, como febre e mal-estar.

A técnica de amamentação deve ser amplamente aplicada, e a mãe deve ser orientada a esvaziar a mama com freqüência (e por completo) para reduzir os riscos de mastite. Essa infecção pode ser desencadeada por feridas nos mamilos, que por sua vez são causadas por uma irritação mecânica secundária à sucção inadequada, anomalias orais da criança (como fenda palatina, por exemplo) ou por infecções, bacteriana ou fúngica.

Outros fatores de risco de mastite são: fissura dos mamilos, estase localizada de leite, uso de piercing nos mamilos, protetores plásticos para o mamilo, sutiã apertado, bomba para extração de leite, má nutrição materna, história de mastite, mães primíparas, presença de freio de lábio pequeno e perda de uma mamada pelo lactente.

O bloqueio dos ductos originado pela não remoção completa do leite, causa dor local no seio e também pode causar mastite. A mama acometida geralmente apresenta uma área endurecida, dolorida e avermelhada e, com freqüência, podem ser observadas bolhas doloridas e claras nos mamilos com cerca de 1 mm. A remoção da bolha com uma agulha estéril ou através da fricção com um tecido pode ser de grande ajuda. Para o alívio do bloqueio dos ductos mamários, também se recomenda aumento da freqüência das mamadas, uso de compressas ou banhos mornos, massagens no sentido do mamilo e evitar o uso de roupas.

A modificação das técnicas de amamentação orientadas por um consultor pode ajudar no tratamento da mastite. Atualmente, quando são necessários antibióticos, prefere-se a dicloxacilina, cefalexina ou outras escolhas eficazes contra o Staphylococcus aureus (S. aureus). Com a prevalência crescente de formas resistentes à meticilina (MRSA), é provável que acabe se tornando uma bactéria cada vez mais envolvida na etiologia das mastites. Neste caso, os antibióticos eficazes contra formas MRSA devem ser utilizados.

Entre os antibióticos orais freqüentemente utilizados estão a amoxicilina associada ao clavulanato (875 mg duas vezes ao dia), a cefalexina (500 mg quatro vezes ao dia), a ciprofloxacina (500 mg duas vezes ao dia), a clindamicina (300 mg quatro vezes ao dia), a dicloxacilina (500 mg quatro vezes ao dia) e o sulfametoxazol
associado ao trimetropim (160/800 mg duas vezes ao dia).

A ciprofloxacina, clindamicina e o sulfametoxazol associado ao trimetropim, geralmente, são eficazes para formas resistentes à meticilina do S aureus. Porém, o último deve ser evitado entre mulheres que amamentam lactentes com idade inferior a 2 meses ou com doença crônica e grave.

Os clínicos devem tratar a mastite precocemente e recomendar a manutenção da amamentação ? uma vez que essa inflamação não representa nenhum risco ao lactente ? para prevenir uma complicação freqüente, o abscesso na mama. Este apresenta sinais clínicos semelhantes à mastite, exceto pela presença de uma área de consistência firme e que, freqüentemente, apresenta flutuação. A ultra-sonografia da mama pode confirmar este diagnóstico.

Uma vez desenvolvido o abscesso, a drenagem cirúrgica ou a aspiração por agulha é necessária e às vezes precisa ser repetida. A secreção dos abscessos deve ser examinada através de cultura, e a administração de antibióticos deve ser prescrita. A amamentação pode ser mantida em uma mãe que apresenta abscesso de mama em tratamento, salvo quando a nutriz estiver gravemente enferma ou se a boca da criança ocluir a incisão cirúrgica durante a mamada.

A transmissão vertical do vírus HIV da mãe para a criança é mais provável na vigência de mastite. A Organização Mundial da Saúde recomenda que devam ser ensinadas e orientadas as técnicas de prevenção da mastite às mães portadoras do HIV que estão amamentando e, caso a inflamação ocorra, a amamentação deve ser interrompida na mama afetada até que a inflamação esteja curada.

As principais recomendações (todas com nível C de evidência) são as seguintes:

Um apoio amplo e eficaz à lactação é essencial para as nutrizes que apresentam mastite.
Embora a cultura do leite materno raramente seja necessária para o diagnóstico de mastite, este exame deve ser considerado para os casos refratários ou adquiridos no ambiente hospitalar.
Os antibióticos eficazes contra o S aureus são os preferenciais para o tratamento da mastite.
A amamentação na presença de mastite não representa nenhum risco ao lactente e deve ser mantida para manter o fornecimento de leite.

A Dra. Spencer concluiu que o desmame é uma das complicações mais freqüentes da mastite. As mães devem ser relembradas sobre os inúmeros benefícios da amamentação e ser encorajadas a mantê-la. (...)

Como as neoplasias de mama inflamatórias se assemelham à mastite, essa doença deve ser considerada quando a forma de apresentação for atípica ou quando a resposta terapêutica não for a esperada?.

Am Fam Physician. 2008;78:727-731.

Informação sobre a autora: A Dra. Laurie Barclay é revisora e escritora freelancer para o Medscape. Fonte: http://www.medcenter.com/medscape/

Autor: Laurie Barclay para o Medcenter
Data: 23/10/2008