sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Prezados Associados e Amigos da ABENFO-Rio de Janeiro e de todo BRASIL

Prezados Associados e Amigos da ABENFO-Rio de Janeiro e de todo BRASIL

Informamos a V.Sas. que no dia 6 de junho de 2008, na cidade do Rio de Janeiro, participamos do Workshop da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA DE GRUPO (ABRAMGE).

O tema do evento foi o PROJETO PARTO É NORMAL: causas e conseqüências das Cesarianas Desnecessárias - Recomendações Técnicas.

Participaram dos trabalhos as personalidades abaixo citadas representando as respectivas Instituições:

Dr. Arlindo de Almeida - ABRAMGE- SP
Dr. Sergio Vieira - ABRAMGE- RJ
Dr. Valdecyr Herdy Alves - ABENFO-RJ
Drª. Martha Regina de Oliveira – ANS
Dr. Ricardo Oliveira e Silva - Rede Referenciada e SGORJ
Nemer Chidid – Representando os Hospitais

O evento contou também com a participação de representantes das Operadoras de Planos de Saúde e de Hospitais do Estado do Rio de Janeiro, além de Médicos Obstetras, Neonatologistas e Enfermeiras (os) Obstétricas (os).

O objetivo do Workshop foi estimular a criação de estratégias junto às Operadoras de Planos de Saúde visando reduzir o número de cesarianas a níveis aceitáveis, a fim de atender as metas da Agência Nacional de Saúde Suplementar, estabelecida em 15% dos partos operatórios nos próximos três anos.

Assim, buscamos consolidar a linha de cuidado / assistência ao parto normal para a mulher, bebê, pai e família em nosso País, por meio do aprimoramento técnico e da observância das recomendações elaboradas pelo Grupo Técnico da ANS junto à Rede Referenciada no atendimento em equipe.

Na ocasião, o ilustre Professor Dr. Aníbal Faúndes, da renomada Universidade de Campinas (UNICAMP) fez uma palestra acerca do PAPEL DO MISOPROSTAL NA REDUÇÃO DAS CESÁRIAS, descrevendo a possibilidade do trabalho em equipe de médicos e enfermeiras obstétricas no acompanhamento do parto normal e da utilização do Misoprostal, a partir do aprimoramento técnico da equipe envolvida.

Uma importante discussão levantada durante o evento foi o custo do parto normal e o da cesárea, não só em termos financeiros, mas de viabilidade do tempo para a realização do parto normal. Nesse sentido, o Dr. Sergio Vieira sugeriu como possibilidade de solução para o impasse acima descrito, a criação de um 'pacote' pelas Operadoras de Planos de Saúde enfatizando a importância da realização do parto normal em seus vários espaços, cabendo aos integrantes da equipe de saúde (médicos, enfermeiras obstetricas e demais profissionais envolvidos no processo) pactuar os termos adequados ao caso.

Por indicação da ABENFO-RJ, a Profª. Drª. Ivis Emilia de Oliveira Souza, Enfermeira Obstétrica e Professora Titular do Departamento Materno-Infantil da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro participou do Workshop, discorrendo sobre o papel da enfermagem obstétrica na redução das cesáreas, a importância do trabalho em equipe pautado no diálogo franco e amistoso entre os profissionais. Ainda usando da palavra, falou da legalidade da profissão da Enfermeira Obstétrica e, por fim, enfatizou o trabalho em equipe, indispensável como primeiro movimento para a redução das cesáreas.

O CREMERJ encaminhou documento sobre o qual, a Drª. Martha Regina relatou o avanço nas discussões acerca da assistência ao ciclo gravídico-puerperal, que deve ser realizado pelo médico e pelo enfermeiro obstétrico, desde que ambos atuem na mesma equipe.

Nós, membros da ABENFO-RJ, compactuamos com a idéia central de trabalho em equipe, em que médicos e enfermeiras obstétricas possam atuar junto às Operadoras de Planos de Saúde com a intenção de reduzir os índices de cesáreas atualmente realizadas.

Por fim, consideramos de extrema relevância a participação de enfermeiras (os) obstétricas(os) nestas discussões junto à ABRAMGE, como possibilidade de reafirmar a autonomia profissional e contribuir efetivamente para a Campanha: O Parto Normal é Natural.

A Diretoria da ABENFO-RJ

Comer chocolate pode diminuir o risco de pré-eclâmpsia

Comer chocolate pode diminuir o risco de pré-eclâmpsia

Autora: Laurie Barclay
Publicado em 02/05/2008

Os resultados de um estudo prospectivo de coorte publicado no volume de maio do Epidemiology sugerem que o consumo de chocolate durante a gestação pode diminuir o risco de pré-eclâmpsia.

Dra. Elizabeth W. Triche, PhD, do Yale Center for Perinatal, Pediatric and Environmental Epidemiology, em New Haven, Connecticut, e colaboradores explicaram que a pré-eclâmpsia é uma grave complicação gestacional com manifestações cardiovasculares. Os autores lembram que estudos recentes sugerem que o consumo de chocolate pode ser benéfico para a saúde cardiovascular.

A amostra do estudo consistiu em 2.291 pacientes grávidas que pariram um nascido vivo entre setembro de 1996 e janeiro de 2000. Os pesquisadores mediram o consumo de chocolate por auto-relato no primeiro e terceiro trimestres da gestação e pela concentração sérica de teobromina no cordão umbilical, que é a principal metilxantina presente no chocolate.

Uma revisão detalhada dos dados de 1.943 pacientes determinou o diagnóstico de pré-eclâmpsia. Modelos de controle por regressão logística para potenciais confundidores foram usados para determinar os odds ratios ajustados (OR) e intervalo de confiança de 95% (IC).

De 1.681 mulheres, 63 (3,7%) desenvolveram pré-eclâmpsia. As concentrações de teobromina no cordão umbilical são inversamente associadas à pré-eclâmpsia (para o quartil mais altos versus o quartil mais baixo [OR, 0,31; IC 0,11-0,87]).

As estimativas de consumo de chocolate auto-relatadas, também, foram negativamente associadas à pré-eclâmpsia. O risco de desenvolvimento dessa condição diminuiu em mulheres que consumiam cinco ou mais porções por semana versus mulheres que consumiam menos de uma vez na semana (OR, 0,81; IC 0,37-1,79 para consumo nos primeiros três meses de gestação e OR 0,60; IC 0,30-1,24 nos últimos três meses).

?Nossos resultados sugerem que o consumo do chocolate durante a gestação pode reduzir o risco de pré-eclâmpsia?, declaram os autores. ?Contudo, uma relação inversa de causalidade também pode contribuir para estes achados?.

As limitações para este estudo incluem: dificuldades de padronizar o autoconsumo de chocolate, possível causalidade reversa se mulheres diagnosticadas com pré-eclâmpsia reduzirem sua ingestão calórica após o diagnóstico, possível confundidor individual devido ao tabagismo ou índice de massa corporal, pequeno número de mulheres com pré-eclâmpsia ou erro de classificação da exposição.

?Devido à importância da pré-eclâmpsia como uma complicação grave da gestação, são necessários outros trabalhos prospectivos com detalhes sobre o consumo de chocolate?, afirmam os autores do estudo. As medidas da exposição ao chocolate devem ser desenhadas para permitir um exame cuidadoso da relação temporal entre o consumo de chocolate na gestação e o subseqüente risco de pré-eclâmpsia.

Epidemiology. 2008;19:459-464.
Informação sobre a autora: A Dra. Laurie Barclay é revisora e escritora freelancer para o Medscape. Declaração de conflito de interesses: A autora declara não possuir conflito de interesses.

Ministério da Saúde lança campanha de incentivo ao parto normal

Ministério da Saúde lança campanha de incentivo ao parto normal

06/05/2008 - 21h20
da Folha Online
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u399271.shtml

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que o Brasil vive uma epidemia de cesarianas. O órgão lançou nesta terça-feira a Campanha de Incentivo ao Parto Normal, em Brasília. Temporão revelou que cada vez mais os casais têm a ilusão de que com o parto cesárea estarão simplificando o processo e de que ele é indolor e mais seguro.

"Nós sabemos que o parto cesárea não indicado adequadamente pode gerar sérios problemas de saúde ao bebê e à mãe além de atrasar e interferir no processo de aleitamento materno, que é fundamental para a saúde do bebê", afirmou o ministro.
Levantamento encomendado pelo Ministério da Saúde demonstra que a cesariana já representa 43% dos partos realizados no Brasil no setor público e no privado. Analisando apenas as mulheres que utilizam planos de saúde, esse percentual é ainda maior, chega a 80%.

No SUS (Sistema Único de Saúde), as cesáreas somam 26% do total de partos. Os dados são de 2006. O parto normal é o mais seguro tanto para a mãe quanto para a criança. De acordo com a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), as cirurgias deveriam corresponder a, no máximo, 15% dos partos. O ministro disse que a meta do país é se aproximar ainda mais da meta da OMS.

A campanha começa a ser veiculada no dia das mães, no próximo domingo (11) e contará com a distribuição de panfletos, cartazes, filmes para TV e gravações para as rádios com mensagens sobre o processo do parto normal e a sua importância. Os materiais contribuem, ainda, para esclarecer às futuras mamães que tudo tem o tempo certo e que o bebê também tem seu tempo para nascer.

"A cesariana tem indicações técnico científicas, se constitui em avanço da ciência para as situações de risco para a mãe e/ou bebê, mas tem sido comum a cirurgia ser marcada desnecessariamente, sem uma indicação precisa, o que aumenta as chances de complicações e morte para ambos", alerta o médico Adson França, diretor do Departamento de Ações Estratégicas do Ministério da Saúde.

Os estados da região Sudeste registram os índices mais elevados de cesariana, totalizando 52% do número total de partos. A região Norte, por outro lado, registra os menores percentuais: 35%.

"No Sudeste, o modelo de atenção obstétrica vigente, com maior valorização do parto operatório está mais consolidado. Essa também é a região onde as escolas médicas tiveram papel preponderante de disseminação desse modelo. Na região Norte há um maior número de partos normais", diz a coordenadora da área técnica de saúde da mulher, Regina Viola. No Amapá a prevalência de partos normais é de 75%.

A alta prevalência das cesáreas leva a uma série de prejuízos: para o bebê, para a mãe e para a gestão dos serviços de saúde. Estudos demonstram que fetos nascidos entre 36 e 38 semanas, antes do período normal de gestação (40 semanas) têm 120 vezes mais chances de desenvolver problemas respiratórios agudos e, em conseqüência, acabam precisando de internação em unidades de cuidados intermediários ou mesmo UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal. Além disso, no parto cirúrgico há uma separação abrupta e precoce entre mãe e filho, num momento primordial para o estabelecimento de vínculo.

Para as mães, o parto cirúrgico apresenta mais chances de hemorragia, infecção no pós-parto e uma recuperação mais difícil, além de determinar custos mais elevados e desnecessários para a saúde pública e privada. "Por essas e outras razões, queremos incentivar as mulheres a reivindicar o direito de dar à luz por meio do parto normal, com autonomia, humanização no seu acompanhamento e segurança", afirma França.

Um dos aspectos já identificados pelo ministério como causa para o aumento das cesáreas é o menor tempo de assistência médica necessária, em relação ao parto normal. Por isso, a campanha também sensibilizará os profissionais de saúde, as universidades e conta com o apoio das entidades médicas e científicas.

A falta de informação entre as mulheres também seria outro agravante, pois faz com que elas não participem dessa escolha e, mesmo que num primeiro momento expressem a vontade do parto normal --70%, segundo pesquisas recentes do ministério--, no decorrer do trabalho de parto, são convencidas por um ou outro motivo a aceitar o parto cirúrgico. Em várias situações ocorre o desrespeito à vontade da mulher, prevalecendo convicções pessoais do médico, nem sempre baseadas nas melhores evidências científicas.

O Ministério da Saúde também esclarece que cesáreas anteriores, gestação de gêmeos e fetos grandes não determinam, por si só, a indicação do parto cirúrgico.

Congresso Nacional rejeita descriminalizar o aborto

Congresso Nacional rejeita descriminalizar o aborto

Em votação tensa, projeto de descriminalizaçã o do aborto é rejeitado
07/05 - 16:53, atualizada às 17:27 07/05 - Regina Bandeira - Último Segundo/Santafé Idéias

BRASÍLIA - A Comissão de Seguridade Social e Família, da Câmara dos Deputados, rejeitou por unanimidade, nesta quarta-feira, o projeto de lei que descriminaliza o aborto. O projeto de lei que suprime o artigo 124 do Código Penal brasileiro, está no Congresso há 17 anos e a votação foi marcada por ruidosas manifestações de grupos
feministas, favoráveis ao projeto. Os 33 deputados que seguiram o parecer do relator (mantendo o aborto como crime), deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), não aceitaram
adiar a votação da matéria, o que provocou a saída dos cinco parlamentares favoráveis ao projeto de descriminalização.

Para o deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), a comissão passou o rolo compressor. "O projeto está na Casa há 17 anos, mas nós não estamos. Queríamos mais tempo para sermos convencidos ou para convencer", alegou o deputado, que assim como os outros quatro, defendiam uma quarta audiência pública. Para ele, que se diz "a
princípio" contrário ao aborto, aceitar a punição da mulher que interrompe uma gravidez é lhe negar apoio, segurança e saúde quando ela mais precisa.

A diretora da ONG CFemea Guacira Oliveira considerou o resultado "fruto de fundamentalismos religiosos" que, segundo ela, impregna a comissão, que tem, entre seus membros, líderes religiosos espíritas, evangélicos e católicos.

Evangélica, a deputada Andrea Zito (PSDB-RJ) comemorou o que chamou de vitória da vida. Para ela, não se pode argumentar que a descriminalizaçã o do aborto evitará a morte de mulheres que se arriscam em procedimentos clandestinos. "É preciso evitar isso. Se o estado cumprisse o seu dever, se houvesse educação sexual nas escolas, por exemplo, esta discussão não seria necessária", declarou.

Na saída, os parlamentares foram vaiados e xingados de "fascistas" e de "assassinos de mulheres" por grupos feministas.

Antes de virar lei, o projeto precisa passar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que além da constitucionalidade, também analisará o mérito da matéria. Somente aprovado pela CCJ, a matéria vai à plenário da Câmara e, só então, seguirá o mesmo rito no Senado Federal.

Mulheres mudam de idéia durante gravidez e preferem cesariana, diz pesquisa

Mulheres mudam de idéia durante gravidez e preferem cesariana, diz pesquisa
Mariana Jungmann
Da Agência Brasil
07/05/2008 - 11h59

Cerca de 70% das mulheres dizem querer parto normal quando estão no início da gravidez, segundo pesquisa do Ministério da Saúde. Entretanto, no fim da gestação, cerca de 80% das mulheres que têm planos de saúde acabam fazendo cesariana. Entre as gestantes do Sistema Único de Saúde (SUS), o número de cesarianas é de 26%.

Para confirmar os dados apontados pelo ministério, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fez pesquisa parecida e também concluiu que aproximadamente dois terços das mulheres que têm plano de saúde dizem querer parto normal quando estão no começo da gravidez. Mas, na hora do parto, o número se inverte e apenas um terço realmente faz parto natural. "Isso demonstra que alguma coisa acontece no decorrer da gravidez e que convence as mulheres que a cesariana é melhor", explica Martha Oliveira, gerente assistencial da ANS.

Segundo ela, o problema é provocado por vários fatores. Para começar, há os mitos que envolvem o parto normal - de que ele é dolorido e traumático - e que a cesariana é mais "segura e chique". "O que a gente sempre vê na televisão é que na cesariana a mulher está cercada por médicos e aparelhos de última geração, super tranquila e sem dor. Já no parto normal ela aparece descabelada, sempre sofrendo muito", ressalta.

Além disso, segundo ela, a grande diferença entre as mulheres que têm plano de saúde e as que são assistidas pelo SUS na hora do parto normal, pode estar no acompanhamento. Segundo ela, no sistema de saúde público, o parto é feito pelo médico plantonista, que tem tempo disponível para acompanhá-la.

A formação dos médicos, voltada para o incentivo à cesariana que é menos trabalhosa e demorada que um parto normal, é uma das grandes questões apontadas pela gerente da ANS. Segundo ela, a mudança de idéia entre as gestantes, que acabam preferindo a cesariana, também está associada a isso. "A gente até já ouviu dono de hospital dizer assim: 'se você diminuir o número de cesarianas, você quebra minha UTI [Unidade de Terapia Intensiva] neonatal'", conta.

O problema também não é apenas financeiro. Segundo ela, mesmo que o médico recebesse quatro vezes mais pelo parto normal, isso não cobriria os custos. "O parto normal é mais demorado. Para fazer um, o médico precisa deixar o consultório uma tarde inteira, desmarcar outras cesáreas. Por isso, nós estamos buscando soluções como, por exemplo, convencê-lo a colocar uma equipe de enfermeiros acompanhando a paciente e ele só chegaria para fazer realmente o parto".

Para discutir o assunto com os médicos, a ANS deve realizar um encontro no Conselho Federal de Medicina (CFM) esta semana. Devido ao horário de fechamento desta matéria, não foi possível contactar o CFM.

No próximo domingo (11), Dia das Mães, o Ministério da Saúde começará uma campanha para incentivar as mulheres a fazer parto normal. A intenção é diminuir o alto número de cesarianas desnecessárias realizadas anualmente no Brasil. Voltada para gestantes, familiares e médicos, a Campanha de Incentivo ao Parto Normal será veiculada no rádio, na televisão, internet e outros meios de comunicação até 2010.

DIA DO PREMATURO

DIA DO PREMATURO

O Dia do Prematuro foi instituído pela lei 14568, de autoria do vereador Gilberto Natalini. O dia 14 de março foi escolhido por ser a data de nascimento de Albert Einstein – cientista ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1921, considerado uma das grandes personalidades do século XX. Um gênio que nasceu prematuro e sobreviveu sem sofrer seqüelas.

A intenção de dedicar um dia aos prematuros foi chamar a atenção de profissionais e de toda a sociedade para a importância do atendimento especial a essas crianças, desde o nascimento até a adolescência. "Este procedimento é essencial para a boa formação e desenvolvimento do prematuro, podendo ser fundamental para que ele se torne um ser humano completamente saudável", esclarece Ana Lucia Goulart, chefe da Disciplina de Pediatria Neonatal da Unifesp.

Para evidenciar a importância da prematuridade como questão de saúde pública, docentes da Pediatria Neonatal, com apoio da sociedade e de parentes dos pacientes, criaram a organização não-governamental Viver e Sorrir – Grupo de Apoio ao Prematuro, atualmente presidida pelo Dr. Benjamin Israel Kopelman.

"Um dos objetivos é divulgar a possibilidade de prevenção por meio do exame pré-natal e combate a alguns fatores de risco, como diabetes e pressão alta. Se mesmo assim ocorrer a prematuridade, existem tratamentos eficazes para a criança, desde o período de internação após o nascimento até a fase da adolescência", destaca Ana Lucia.

A entidade tem como objetivo apoiar as atividades já desenvolvidas pela Disciplina de Pediatria Neonatal e prestar auxílio social às crianças atendidas pelos profissionais vinculados à disciplina, como auxiliar no transporte das mães carentes para visitar seus bebês no hospital, levá-los para consultas médicas, fornecer equipamentos para reabilitação das crianças (óculos, cadeiras de rodas etc), medicamentos, cestas básicas e vestuário.

ONG Viver e Sorrir atende pacientes e familiares na Casa dos Prematuros – à Rua Diogo de Faria, 764 – Vila Clementino.

Crianças amamentadas são mais inteligentes, diz estudo

Crianças amamentadas são mais inteligentes, diz estudo

Um estudo realizado por pesquisadores canadenses sugere que crianças que são amamentadas quando bebês são mais inteligentes.

Os cientistas, da Universidade de Montreal, acompanharam 14 mil crianças nascidas em 31 maternidades de Belarus, do nascimento até os 6 anos e meio.

Ao atingirem essa idade, elas foram submetidas a testes de QI. Os exames revelaram que as que haviam sido alimentadas exclusivamente com o leite materno marcaram 7,5 pontos a mais nas provas de inteligência verbal e 5,9 pontos a mais na pontuação geral.

As crianças que receberam só o leite materno também tiveram melhor desempenho em leitura, escrita e capacidade para solucionar equações matemáticas do que as tomaram leite em pó, acrescentaram os especialistas.

"Nosso estudo fornece fortes evidências de que a amamentação exclusiva e prolongada torna as crianças mais inteligentes", afirmou o autor da pesquisa, Michael Kramer.

Interação física

A pesquisa, publicada na revista especializada Archives of General Psychiatry, confirma estudos anteriores, mas levanta questionamentos sobre se o leite materno, por si só, aumenta a inteligência, ou se fatores associados, como a interação mãe-bebê, também influenciam.

"Ainda não está claro se os efeitos cognitivos observados se devem a algum composto do leito materno e estão relacionados às interações físicas e sociais inerentes ao ato de amamentar", acrescentou Kramer.

O leite materno contém ácidos gordos de cadeia longa essenciais para a saúde e um composto químico similar à insulina que estimula o crescimento e, sozinho, poderia impulsionar a inteligência.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/05/printable/080506_amamentacaointeligencia_fp.shtml

Desnutrição infantil

Desnutrição infantil
03/07/2008 - 16h50 - Atualizado em 03/07/2008 - 16h57

Desnutrição infantil cai 50% em dez anos e mortalidade, 44%
Para Temporão, dados sobre a saúde da mulher e da criança são satisfatórios.
No Norte, porém, 13% da população passou fome nos três meses anteriores à pesquisa.

A desnutrição infantil em crianças menos de cinco anos teve redução de cerca de 50% no Brasil entre 1996 e 2006, segundo dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher, divulgados nesta quinta-feira (3) pelo Ministério da Saúde. A redução contribuiu para uma queda de 44% na mortalidade infantil.

Segundo a pesquisa, a taxa de mortalidade caiu de de 39 para cada mil nascidos vivos em 1996 para para 22 por mil nascidos vivos em 2007. Atualmente, a taxa brasileira está em 21,2 por mil nascidos vivos, e o Ministério projeta uma taxa ainda menor até 2012: 14,4 por mil nascidos vivos.

“Temos que continuar na mesma linha. É uma integração de políticas. A saúde tem que se associar à política de educação, à política de transferência de renda, de saneamento ambiental, dos agentes comunitários de saúde. Essa ação intersetorial que vai permitir que nós avancemos ainda mais. O Brasil está no caminho certo”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

O estudo foi financiado pelo Ministério da Saúde e realizado com cerca de 15 mil mulheres em idade fértil (15 a 49 anos) e 5 mil crianças com até 5 anos, entre novembro de 2006 e maio de 2007. A PNDS foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope ), a partir do trabalho do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) com instituições parceiras.

Fome crônica

Na região Norte, no entanto, um dado chamou a atenção no estudo: 13,3% da população da região passou fome nos três meses anteriores à realização da pesquisa. Para solucionar o problema, Temporão defende a união de vários setores políticos.

A segurança alimentar medida na pesquisa – que diz respeito ao acesso à quantidade suficiente e qualidade adequada dos alimentos – varia de acordo com a escolaridade da pessoa de referência no domicílio, segundo Temporão.

Na opinião do ministro, o destaque da região neste índice tem razões claras. “Norte é uma região que tem diferenças em todos os indicadores - emprego, crescimento econômico, desigualdade e presença das políticas de saúde. Mas a pesquisa mostra também uma redução significativa das desigualdades regionais, das desigualdades entre população rural e urbana”.

Reprodução

Mulheres estão conseguindo atingir sua intenção reprodutiva, mas ainda há diferenças entre o momento em que a mulher deseja ter filhos e o que ela realmente os tem. Essa diferença é detectada, segundo a coordenadora da pesquisa, Elza Berquó, principalmente em mulheres com pouca escolaridade, negras e que vivem no Norte e no Nordeste.

“Apesar do aumento no uso de anticoncepcionais, a porcentagem de mulheres que tiveram filhos sem planejamento nos faz pensar na falha dos métodos contraceptivos, na descontinuidade do seu uso ou na falha de oferta gratuita desses métodos”, explica a coordenadora da pesquisa.

Ela ressalta que o cenário reprodutivo se alterou e destaca o fato de a esterilização feminina ter perdido lugar para a pílula anticoncepcional como o método mais utilizado para se evitar a gravidez. A pesquisa de 1996 indica que 40% das mulheres, na época, haviam feito esterilização, mas esse percentual hoje é de 29%Desse total, 59% dos procedimentos ocorrem após uma cesariana.

O aumento da ocorrência desse tipo de parto no Brasil – que passou de 36% para 44% dos partos - é outra preocupação do Ministério da Saúde. O ministro, no entanto, afirma que providências já são tomadas para tentar diminuir este índice.

“Há políticas em andamento. A questão do parto cesária envolve muitas dimensões, a da mulher, do casal, do médico, a atividade profissional. O parto normal garante segurança maior da mulher e do recém-nascido”.

Um dado aparentemente paradoxal e que chamou a atenção dos pesquisadores foi a permanência da taxa de gestantes que não receberam dose da vacina antitetânica durante o pré-natal em 3%, apesar de a quantidade de mulheres que não fizeram nenhum tipo de acompanhamento pré-natal ter diminuído.

Crianças

O ministro ressaltou que os dados mostram que aumento da escolaridade da mãe, da renda média da família, a ampliação do programa de Saúde da Família e o Bolsa Família são políticas que se somam e que estão permitindo melhorar a situação da alimentação infantil no país. Um problema identificado, na opinião de Temporão, é a diminuição do aleitamento materno.

“O ministério advoga que o aleitamento materno seja de forma exclusiva ate os seis meses de vida, e a pesquisa mostra que temos apenas 45% das crianças estão sendo amamentadas exclusivamente no seio até os três meses”, disse. A região Sul apresentou o maior índice de crianças que nunca foram amamentadas até os cinco anos.

O tempo médio de aleitamento, no entanto, aumentou de sete para 9,4 meses. Os resultados positivos da pesquisa podem ser atribuídos, de acordo com o ministro, ao aumento no nível de escolaridade e à melhoria do poder aquisitivo da população, além da ampliação da assistência à saúde e á ampliação da cobertura de abastecimento de água. “A oferta de saneamento, aumentou, renda, o emprego. Só a verba da saúde não aumentou, porque a CPMF não foi aprovada”, criticou.

Mariana Alejarra Do G1, em Brasília http://g1.globo.com/Noticias/0,,FLC0-5597-3613342,00.html

Saúde e Estado Nutricional de Crianças Menores de Cinco Anos

Saúde e Estado Nutricional de Crianças Menores de Cinco Anos

Estado Nutricional


A prevalência da desnutrição na população brasileira de crianças menores de cinco anos, aferida pela proporção de crianças com déficit de crescimento, foi de 7% em 2006. A distribuição espacial dessa prevalência indica freqüência máxima do problema na região Norte (15%) e pouca variação entre as demais regiões (6% nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e 8% na região Sul). A estratificação da população infantil segundo nível de escolaridade das mães indica que a prevalência de déficits de crescimento diminui acentuadamente conforme aumentam os anos de estudo da mãe, variando de 16% entre filhos de mães sem nenhuma escolaridade a 2% entre filhos de mães com 12 ou mais anos de escolaridade.

Déficits de peso em relação à altura, indicativos de casos agudos de desnutrição quando sua freqüência ultrapassa 2 a 3%, foram encontrados em apenas 1,5% das crianças brasileiras menores de cinco anos, não ultrapassando 2% em qualquer região ou estrato social da população. Essa situação indica um equilíbrio adequado entre o acúmulo de massa corporal e o crescimento linear das crianças, apontando para o virtual controle de formas agudas de deficiência energética em todo o país.

Situações de excesso de peso em relação à altura foram encontradas em 7% das crianças brasileiras menores de cinco anos, variando de 6% na região Norte a 9% na região Sul, indicando exposição moderada à obesidade infantil em todas as regiões do país. A estratificação segundo escolaridade das mães indica tendência de aumento da exposição à obesidade com o aumento dos anos de estudo da mãe (4% de crianças com excesso de peso nos filhos de mulheres sem escolaridade e 9% nos filhos de mulheres com 12 ou mais anos de escolaridade).

Avaliações da prevalência dos déficits de crescimento, em comparações preliminares das PNDS de 1996 e 2006, indicam redução de cerca de 50% na prevalência da desnutrição na infância no Brasil: de 13% para 7%. Na região Nordeste, a redução foi excepcionalmente elevada, chegando a 67% (de 22,1% para 5,9%). Na região Centro-Oeste, a redução foi de aproximadamente 50% (de 11% para 6%). Nas áreas urbanas da região Norte, as únicas estudadas nessa região em 1996, a redução na desnutrição foi mais modesta, em torno de 30% (de 21% para 14%). Nas regiões Sul e Sudeste, os dados indicam estabilidade estatística das prevalências.

Comparações quanto à prevalência de déficits de peso para altura confirmam a reduzida exposição da população a formas agudas de desnutrição (3% em 1996 e 2% em 2006). Comparações quanto à prevalência de excesso de peso para altura não indicam mudança na exposição da população à obesidade (cerca de 7% em ambos os inquéritos).
No que se refere à suplementação de vitamina A (medida nos seis meses anteriores à pesquisa), o estudo revelou que a cobertura foi de 48% em crianças de 6 a 59 meses no Nordeste (alvo prioritário do Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A). Quanto à suplementação de ferro (medida no mesmo período), a cobertura nacional em crianças de 6 a 23 meses foi da ordem de 42%.

Aleitamento Materno

Embora 96% das crianças menores de 60 meses tenham sido amamentadas alguma vez, a PNDS 2006 mostra que ainda falta muito para se alcançar, no Brasil, o padrão de aleitamento materno recomendado pelos organismos de saúde internacionais e nacionais. Entre as mães entrevistadas, 43% relataram ter amamentado seus filhos na primeira hora após o parto. A prevalência de aleitamento materno exclusivo entre crianças de 0 a 3 meses é ainda baixa (45%), ainda que discretamente mais alta do que na PNDS 1996 (40%). Com relação à faixa etária de 4 a 6 meses, o aleitamento exclusivo caiu para 11% em 2006.

O aleitamento materno complementado ocorreu para 32% na faixa de 0 a 3 meses e 56% entre 4 a 6 meses, em 2006, sendo que 23% estavam completamente desmamadas na faixa de 0 a 3 meses e 33% na faixa de 4 a 6 meses. Nessa última faixa etária, 35% das crianças já consumiam “Comida de Sal”, evidenciando uma dieta inadequada para a idade.

Morbidade e Mortalidade

Com relação à morbidade recente (15 dias anteriores à entrevista) em crianças menores de cinco anos, observou-se um declínio na prevalência de diarréia e de tosse.

A prevalência de diarréia foi de 14% em 1996 e de 9% em 2006. Esse declínio assume maior significado levando-se em conta que a coleta de dados da PNDS 2006 foi realizada durante o verão (novembro de 2006 a março de 2007). O recurso à reidratação oral manteve-se praticamente constante no período, em torno de 57%.

Alterou-se, entretanto, o tipo de produto administrado às crianças com diarréia. Em 1996, 44% receberam SRO (sais para reidratação oral) e 16% receberam o soro caseiro, situação que se inverteu em 2006 (19% e 37%, respectivamente). Em aproximadamente 40% dos quadros diarréicos, houve procura do serviço de saúde, com obtenção de atendimento em 84% dos casos.

No que se refere às infecções respiratórias agudas, a tosse acometeu 35% das crianças em 2006, em comparação a 47% (tosse e respiração rápida) em 1996.
Aproximadamente 50% do total das crianças que apresentaram pelo menos um desses dois sintomas receberam algum tipo de atendimento nos serviços de saúde, sendo maior a proporção entre filhos de mulheres de maior escolaridade, brancas e residentes na região Sul do país.

Com relação à mortalidade infantil, houve uma redução de 44% entre 1996 e 2006, a qual passou de 39 para 22 por mil nascidos vivos. Em 2006, as estimativas de mortalidade infantil apresentaram diferenciais por situação de residência (rural-28 e urbano-21 por mil nascidos vivos), cor da pele (negras-25 e brancas-20 por mil nascidos vivos) e anos de estudo da mãe (até 4 anos-29 e 8 ou mais – 19 por mil nascidos vivos).

"Parto é só alegria"

"Parto é só alegria"
15/06 - 12:49 - Luísa Pécora

http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia_saude/2008/06/15/parto_e_so_alegria__1361241.html

O que mais assusta as mulheres ainda é a dor do parto, motivo que levou a dona de casa Priscila Santos, 24 anos, a contrariar o médico, que indicava parto normal, e pedir cesárea em suas duas gestações. Na segunda cirurgia, a cicatriz ficou infeccionada, o que lhe causou 25 dias de muita dor. Nem isso fez com que ela se arrependesse da escolha.

“Só não faria a cesárea se fosse proibida”, diz Priscila. “Eu até admiro as mulheres que têm parto normal. Precisa ter muita coragem, coisa que não tive e não tenho.”
A doula Carla Cristina garante que a dor do parto pode ser manejada com ambiente calmo, luz menos agressiva, massagens, mudança de posição, acupuntura, cromoterapia, água morna e apoio emocional tanto do marido quanto dos profissionais envolvidos.

A ginecologista Carolina Ambrogini aprova o trabalho das doulas e também acredita que uma mulher bem orientada sofre menos durante o parto. “As contrações são de fato muito dolorosas, mas hoje já temos anestesia de parto, não é uma coisa que não dá para suportar”, explica. “A mulher que já vai assustada, acreditando no que colocaram na cabeça dela, não se mantém lúcida e se desespera com qualquer dor.”

Os relatos de algumas mulheres podem servir de incentivo para quem tem sente medo. Alessandra Godinho, 29 anos, doula, educadora perinatal, consultora em aleitamento materno e mãe de dois filhos, é categórica: “Parto é só alegria”, classifica ela, que compara as sensações do parto com as provocadas por uma relação sexual.

“Assim como ter uma primeira relação sexual pode doer, também existe possibilidade de prazer. O parto é um evento sexual, social, espiritual e fisiológico, um rito de passagem onde uma mulher se torna uma mãe”, conclui, recomendando às gestantes o documentário “Parto Orgásmico”, que pode ser assistido no site www.orgasmicbirth.com
A advogada Adriana Poças Rezende, 38 anos, reforça o coro com o relato de seu parto que, depois de muita divergência com a médica que insistia na cesárea, foi realizado em casa, em uma espécie de piscina que a doula armou em seu banheiro, embaixo do chuveiro. “A dor não é pouca, mas passa. As três últimas contrações, quando acabaram, foram prazerozíssimas.

Na hora da expulsão, gritei ‘é agora’ e não senti absolutamente nada”, conta ela, que diz ter tido não um, mas três orgasmos durante o parto. “Três orgasmos e recebi meu filhote sem remédios, anestesias, mãos estranhas e luvas geladas”, completa.

Segundo a ginecologista Carolina Ambrogini, a sensação de prazer é causada porque, durante o parto normal, ocorre uma grande elevação de um hormônio chamado ocitocina, que é associado ao orgasmo e responsável pela contração do útero.

E até quando o assunto é vaidade as defensoras do parto normal têm argumentos. Segundo a doutora Lena Peres, a mulher que não faz cirurgia pode voltar as atividades físicas mais rápido, e já começar a queimar os quilinhos ganhos durante a gravidez. Ser natural tem suas vantagens.

Servidoras de SP terão licença-maternidade de 6 meses

Servidoras de SP terão licença-maternidade de 6 meses
JB Online

SÃO PAULO, 25 de junho de 2008 - A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou projeto de Lei Complementar encaminhado pelo governador José Serra que aumenta o período de licença-maternidade para funcionárias públicas estaduais de quatro para seis meses (120 para 180 dias).

Quando era ministro da Saúde, José Serra levou à Organização Mundial da Saúde (OMS) a proposta de aleitamento materno exclusivo por seis meses no Brasil. A lei complementar diz que a licença será concedida a partir do oitavo mês de gestação e, durante o período de afastamento, a servidora não poderá exercer outra atividade remunerada. A criança também não poderá ser mantida em creche ou organização similar. O projeto assegura a licença às servidoras que adotarem crianças com até sete anos de idade.

Oito Estados (Amapá, Rondônia, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Espírito Santo) já aprovaram o benefício para suas funcionárias. Além deles, o Rio de Janeiro aprovou o projeto para empresas privadas mediante incentivos fiscais e o Maranhão aprovou a proposta apenas para as funcionárias do Judiciário.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), grande parte das mães abandonam a amamentação devido à necessidade de retornar ao trabalho ao término do período da licença maternidade. De acordo com diagnóstico da SBP, o aleitamento materno nos seis primeiros meses de vida da criança é essencial, pois reduz em 17 vezes as chances dela contrair pneumonia, em 5,4 a anemia e em 2,5 a diarréia.

A proposta visa propiciar o estreitamento afetivo entre a mãe e o filho ao estender o tempo do convívio integral entre eles e incentivar o aleitamento materno exclusivo durante os seis primeiros meses de vida da criança, exigência crucial para a alimentação saudável no primeiro ano. ´É nesta fase que se completa o crescimento do cérebro, além da definição da personalidade, razão pela qual a presença constante da mãe é altamente significativa para o grau de desenvolvimento da criança", diz o texto do projeto.

(Redação - InvestNews)

Formulário de adesão à Tocha da SMAM 2008

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quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Mães opinam, mas médicos definem parto

SAÚDE FEMININA

Mães opinam, mas médicos definem parto


Embora gestantes queiram nascimento humanizado, decisão
quase sempre cabe ao profissional, mostra pesquisa da UnB
O parto humanizado, preferido pelas mães, ainda enfrenta a resistência de grande parte dos médicos, principalmente nos hospitais privados, comprova uma dissertação de mestrado da Universidade de Brasília (UnB).
No trabalho Humanização do parto nos contextos público e privado no Distrito Federal, defendido pela pesquisadora Ticiana Ramos Nonato no Departamento de Sociologia da universidade, a socióloga compara o tratamento dispensado às gestantes em hospitais públicos e privados, baseando-se em uma Casa de Parto em São Sebastião e um hospital privado no Plano Piloto, distantes apenas 30 km.
Décadas atrás, o procedimento era o mais natural possível. Hoje, mesmo com as diferentes intervenções cirúrgicas e avançados aparatos tecnológicos, muitas mães preferem dar à luz do jeito antigo. As gestantes têm optado pelo chamado parto humanizado, que prega o mínimo de traumas cirúrgicos desnecessários e apresenta benefícios para a mulher, entre eles menor período de recuperação.
Ao comparar as duas instituições, Ticiana pôde avaliar as características que definem os procedimentos do parto humanizado no Brasil. "A idéia é que a mulher seja bem informada sobre tudo o que envolve o parto antes de dar à luz.
Assim, ela poderá escolher o que lhe parece melhor para o nascimento de seu filho", explica a pesquisadora. Nesse tipo de parto, as pessoas envolvidas, tanto as mulheres como os profissionais, procuram utilizar procedimentos não-invasivos de resultados efetivos. Outro ponto fundamental é a oportunidade de escolher como será o parto, um direito das mulheres.
"No parto humanizado, a mulher se transforma em protagonista. É ela que vai decidir como, onde, e com quem o procedimento deve acontecer. Esse tipo de procedimento parece normal, mas não é. Hoje, são os médicos que definem como o parto será realizado", afirma. "Infelizmente, na maioria dos casos, a decisão não é das mulheres."
Ticiana acompanhou 15 mães (sete atendidas pelo setor público e oito pelo privado) nos períodos pré e pós-parto. Também entrevistou 14 profissionais de saúde (oito do setor público e seis do privado) envolvidos na assistência humanizada aos nascimentos. Depois de mais de 40 entrevistas, a pesquisadora conseguiu identificar os méritos e as falhas de cada tipo de serviço. O trabalho teve orientação da professora Lourdes Maria Bandeira.
PRIVADO – No hospital privado, a mãe dispõe de diferentes possibilidades de planejamento. As ações são de cunho pessoal, variam de mulher para mulher e de médico para médico. Mesmo porque os obstetras não costumam ser ligados às instituições. Ou seja, não existe um modelo de tratamento específico e abrangente quando se trata do parto humanizado. Ele é personalizado de acordo com a relação estabelecida entre a gestante e o profissional que a acompanha.
Esses hospitais até oferecem cursos informativos gratuitos para as gestantes, apresentando diferentes possibilidades para dar à luz, mas a decisão final acaba quase sempre sendo do médico. Na pesquisa feita pela socióloga, apenas dois dos seis partos acompanhados no hospital do Plano Piloto foram vaginais, apesar de todas as mães terem optado por ele.
Existe uma razão econômica pela preferência das cesarianas. "São procedimentos mais rápidos e têm hora para terminar. Um médico faz até quatro cesarianas no mesmo dia. Já um parto vaginal pode durar mais de 12 horas." Como resultado, cerca de 80% dos partos no serviço privado brasileiro são feitos por cesariana. "O Brasil é um dos campeões mundiais nessa modalidade", afirma Ticiana.
Entretanto, o fator econômico não atua isoladamente. Existe um contexto cultural complexo que envolve as altas taxas de cesariana, desde a formação dos profissionais que acompanham o parto, passando pelas representações do parto vaginal na mídia, até as escolhas das próprias mulheres. "A evolução dos procedimentos médicos para os casos de necessidade não acompanhou uma discussão pública sobre esse momento importantíssimo na vida sexual e reprodutiva das mulheres e, também, dos seus companheiros, que cada vez mais participam do processo", afirma Ticiana. "O parto ainda é um grande tabu."
PÚBLICO – Para estudar o contraponto público, a pesquisadora investigou os procedimentos realizados em uma casa de parto em São Sebastião. Nessas instituições, criadas pelo Ministério da Saúde como parte de uma política de humanização da assistência ao parto e redução das taxas de cesariana, são feitos apenas partos vaginais de baixo risco. Caso sejam necessárias intervenções cirúrgicas, as ambulâncias mantidas pelas casas conduzem as gestantes a um hospital previamente estabelecido como referência. Isso aconteceu com três das sete mulheres acompanhadas por Ticiana. Toda elas, mesmo as que tiveram de ser conduzidas ao hospital, passaram por parto vaginal.
Outro ponto que singulariza o tratamento dispensado pelo serviço público às mães é o caráter uniforme de suas ações. Os procedimentos são padronizados, pois o conceito de parto humanizado é institucional. Só que, de acordo com as análises da pesquisadora, apesar de o assunto ser trabalhado brevemente nas palestras de pré-natal, as mães não têm uma noção muito clara de suas opções.
Em geral, elas sequer conseguem imaginar como pode ser o seu parto e como gostariam que ele acontecesse. Além disso, após o procedimento, não dispõem de uma perspectiva crítica sobre o evento, aceitando o parto "como tem de ser", o que significa um parto despersonalizado, no qual muitas intervenções ocorrem à sua revelia. A dor inevitável e o medo foram as únicas expectativas manifestadas por essas mulheres em relação ao parto.
HUMANIZAÇÃO – "A proposta de humanização apresenta vários avanços, mas ainda falta muito para se concretizar", analisa a pesquisadora. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um máximo de 15% do total de partos por cesariana, e a utilização de episiotomia (corte feito entre a vagina e o ânus para ajudar no parto) também em apenas 15% dos casos. Entretanto, segundo Ticiana, a média brasileira de cesarianas está acima de 30%.
O Ministério da Saúde incentiva a formação de doulas (do grego "mulher que serve") comunitárias, para acompanhar as mães durante e após o parto, e a pesquisadora considera excepcional a instalação de suítes de parto no setor público. "Mas isso não basta. É preciso proporcionar à mulher a oportunidade de vivenciar esse momento plenamente." Ticiana critica a formação dos médicos. "Eles são treinados para fazer as intervenções cirúrgicas, e não para identificar a necessidade de adotar esse procedimento."
CONTATO
Pesquisadora Ticiana Ramos Nonato pelo e-mail ticianarn@yahoo.com.br ou pelo telefone 3468-8113

Pacote prevê quarto com banheiro para gestante que optar por parto normal

da Agência Brasil

A partir de dezembro, as gestantes que optarem pelo parto normal terão direito a um quarto específico para o procedimento, com leito e banheiro, em todas as maternidades do país. A idéia é que o ambiente seja adaptado a todas as etapas do nascimento do bebê, que inclui os procedimentos realizados antes, durante e depois do parto.

A medida faz parte de um conjunto de normas para maternidades lançado nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e vale para a rede pública e privada.
As unidades de saúde serão orientadas a estimular a evolução natural do trabalho de parto e a adotar medidas para aliviar as dores da grávida, sem necessariamente usar medicamentos.

De acordo com o ministério, o objetivo é promover mudanças estruturais nas unidades de atenção obstétrica e neonatal, além de controlar os possíveis riscos à gestante e ao bebê, reduzindo os índices de mortalidade materna e de recém-nascidos.

Por ano, são registrados cerca de 3 milhões de nascidos vivos no país, sendo que quase 2,1 milhões nascem nas unidades do SUS (Sistema Único de Saúde).

Desse total, 1,4 milhão corresponde a partos normais e 670 mil são cesarianas.